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sábado, 20 de agosto de 2011

Grandes operadores do Direito: Edilson Mougenot Bonfim


Mougenot
       Evaristo de Moraes Filho já afirmou: “Mestre do Júri”. Waldir Troncoso Perez foi categórico: “Brilhante, talentoso, de grande cultura, de cultura eclética, filosófica, literária e jurídica...”. Para Carlos de Araújo Lima, “só comparado aos maiores”. Mas, afinal, quem é Edilson Mougenot Bonfim?
       Com 47 anos, este promotor é hoje considerado um dois maiores operadores do Direito do Brasil. Sem dúvida, um dos maiores oradores que já passou por estas terras tropicais. Doutor pela Universidade Complutense de Madri. Atuou em casos de grande repercussão midiática como aquele do “Maníaco do Parque” e da “Viúva Negra”.
       Quem teve a oportunidade de assistir a um júri dele – desde o de maior repercussão até o absolutamente esquecido pela imprensa – viu um aguerrido defensor da sociedade. Alguém que busca com tenacidade a justiça, sem meneios ou concessões, qualidade reconhecida até mesmo pelos maiores opositores.
            Nessa cruzada em busca da aplicação da justiça, Edilson se preparou muito. Legislação e doutrina comparada, especializações, mestrados e doutorados, no Brasil e no exterior. Apesar de, no inicio da carreira, se dedicar a advocacia, percebeu que o dever de fazer justiça na área criminal hoje esta ao lado do Ministério Público.
Conserva uma paixão bastante antiga: o júri. Seu pai pertenceu à escola romântica de advogados criminalistas, que defendiam homens sem o perfil dos assassinos de hoje, reincidente ou multi-reincidentes. Nas palavras da sua figura paterna, Mougenot gostava tanto do Direito Penal, que se sentiria melhor acusando do que defendendo, porque aqueles réus da época de seu pai já não existiam mais.
            Seus discursos sempre foram pautados por enorme sinceridade e convicção, sendo possível flagrar, algumas vezes, os familiares dos acusados conhecendo a necessidade da pena enquanto Edilson pedia a condenação. Mougenot considera o momento mais emocionante de sua carreia aquele em que, no julgamento do “Maníaco do Parque”, após ser lida a última sentença, o promotor foi abraçado pela mãe e irmãs de uma das vítimas, que choravam compulsivamente. Questionando interiormente o sentido do homem na Terra e porque algumas pessoas tinham que partir de forma tão violenta, Edilson, mostrando-se, antes de tudo, um ser humano, não sentiu vergonha nenhuma de ter ficado tão comovido.
            O Promotor é autor de inúmeras obras, devendo ser citadas “o Julgamento de um Serial Killer – O Caso do Maníaco do Parque”, “Direito Penal” e “Curso de Direito Penal”, sendo estas duas últimas bases para o estudo do Direito Penal e Processual Penal em qualquer boa academia. Já contribuiu para obras em espanhol e francês. É professor convidado em inúmeras Escolas Superiores dos Advogados. Organizou e presidiu vários Congressos, Seminários e Simpósios no Brasil e no Exterior. É professor convidado da Faculdade de Direito de Aix-Marseille, França. Participou de Conferências na Alemanha, França, Suécia, EUA, Canadá, Chile e diversos outros países.
            Se o destino lhe reserva o fato de não poder assistir a Roberto Lyra, conhecerá seu sucessor. Edilson Mougenot Bonfim: descendente de franceses, com laços familiares em Mato Grosso do Sul e, sem dúvida, o melhor criminalista da atualidade brasileira. Orador sem concorrentes, orgulho do Ministério Público, que não faz acusação, dá uma sentença. Que eterniza Lyra, mas não pode ser considerado seu prolongamento porque é único e original.
         Seria impossível resumir toda a obra deste imensurável, extraordinário e atemporal operador do Direito em poucas linhas. Resta, apenas, como término, deixar algumas palavras deste homem, que somente com suas palavras, produz a justiça tão almejada por este país: 

 Mougenot no julgamento do Maníaco do Parque

Para mais informações sobre a obra e carreira do Promotor, acesse: http://www.emougenotbonfim.com/index.htm

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