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domingo, 16 de outubro de 2011

Menino de três anos luta na Justiça por medicamentos


“A vivência dele de criança é de hospital, de agulha, injeção”. A frase é da mãe de um menino que recém completou 3 anos, em setembro, e vive desde abril do ano passado a pesada rotina da quimioterapia para combater uma doença rara, a histiocitose de células Langer Hans, que afeta vários órgãos de forma semelhante ao câncer. Este ano, a família de Filipe, moradora em Campo Grande, descobriu um medicamento usado nos Estados Unidos para o tratamento da enfermidade, e diante do custo, de mais 5 mil reais por dose, foi à Justiça para que o Município bancasse o fornecimento.

A resposta, por enquanto, foi negativa, sob o argumento da falta de registro do medicamento no País e da incerteza sobre o sucesso da aplicação. Sem a ajuda do Estado, uma campanha está sendo realizada por amigos e parentes do menino para que ele tenha acesso ao tratamento.

“O médico está muito confiante de que esse medicamento possa melhorar a vida do nosso filho, pois já foi usado em crianças com essa doença, com bons resultados”, afirma a mãe.

Na semana passada, a família teve um alento. O pecuarista Antônio Moraes, que ficou conhecido por doar quantia milionária para a construção de um hospital para tratamento do câncer na cidade, soube do caso por amigos em comum, foi à casa deles e doou o primeiro ciclo de 10 doses.
O processo de importação ainda está na fase inicial e deve demorar no mínimo 15 dias.

Para o restante, a família conta com a doação de amigos. O pai do menino, Guilherme, também é professor de Educação Física e,hoje, mantém sozinho as despesas da casa e do tratamento. A esposa teve de parar de trabalhar diante da rotina. O casal tem também Henrique, de 5 anos.

A família desconfiou que algo estivesse errado com Filipe quando o menino tinha 10 meses, em 2009, e surgiram pequenos caroços na cabeça e nas pálpebras do menino. Até ele ser diagnosticado, em abril de 2010, os pais percorreram nada menos do que 14 consultórios médicos. O caso de Filipe, de acordo com a mãe, é o único conhecido no Estado. O garoto, segundo ela, tem tamanho de um criança de dois anos. Por causa da quimioterapia, a imunidade do garoto é baixa. Por isso,e Filipe é mais sujeito a infecções, por exemplo. A família deve vai manter a ação na Justiça para que o medicamento seja bancado pelo Estado.

Quem quiser colaborar com a família pode fazer doações na conta do pai de Guilherme, no Banco do Brasil. A agência é a 0048-5 e a conta é a 64375-0.

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