“A vivência dele de criança é de
hospital, de agulha, injeção”. A frase é da mãe de um menino que recém
completou 3 anos, em setembro, e vive desde abril do ano passado a pesada
rotina da quimioterapia para combater uma doença rara, a histiocitose de
células Langer Hans, que afeta vários órgãos de forma semelhante ao câncer.
Este ano, a família de Filipe, moradora em Campo Grande, descobriu um
medicamento usado nos Estados Unidos para o tratamento da enfermidade, e diante
do custo, de mais 5 mil reais por dose, foi à Justiça para que o Município
bancasse o fornecimento.
A resposta, por enquanto, foi negativa,
sob o argumento da falta de registro do medicamento no País e da incerteza
sobre o sucesso da aplicação. Sem a ajuda do Estado, uma campanha está sendo
realizada por amigos e parentes do menino para que ele tenha acesso ao
tratamento.
“O médico está muito confiante de que
esse medicamento possa melhorar a vida do nosso filho, pois já foi usado em
crianças com essa doença, com bons resultados”, afirma a mãe.
Na semana passada, a família teve um
alento. O pecuarista Antônio Moraes, que ficou conhecido por doar quantia
milionária para a construção de um hospital para tratamento do câncer na
cidade, soube do caso por amigos em comum, foi à casa deles e doou o primeiro
ciclo de 10 doses.
O processo de importação ainda está na
fase inicial e deve demorar no mínimo 15 dias.
Para o restante, a família conta com a doação de amigos. O pai do menino, Guilherme, também é professor de Educação Física e,hoje, mantém sozinho as despesas da casa e do tratamento. A esposa teve de parar de trabalhar diante da rotina. O casal tem também Henrique, de 5 anos.
Para o restante, a família conta com a doação de amigos. O pai do menino, Guilherme, também é professor de Educação Física e,hoje, mantém sozinho as despesas da casa e do tratamento. A esposa teve de parar de trabalhar diante da rotina. O casal tem também Henrique, de 5 anos.
A família desconfiou que algo estivesse
errado com Filipe quando o menino tinha 10 meses, em 2009, e surgiram pequenos
caroços na cabeça e nas pálpebras do menino. Até ele ser diagnosticado, em
abril de 2010, os pais percorreram nada menos do que 14 consultórios médicos. O
caso de Filipe, de acordo com a mãe, é o único conhecido no Estado. O garoto,
segundo ela, tem tamanho de um criança de dois anos. Por causa da
quimioterapia, a imunidade do garoto é baixa. Por isso,e Filipe é mais sujeito
a infecções, por exemplo. A família deve vai manter a ação na Justiça para que
o medicamento seja bancado pelo Estado.
Quem quiser colaborar com a família pode
fazer doações na conta do pai de Guilherme, no Banco do Brasil. A agência é a
0048-5 e a conta é a 64375-0.
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